Gestão de Pessoas: uma função em mudança

Em várias empresas, os processos básicos de recursos humanos como Compensation & Benefits ou a Formação, são, por si só, grandes desafios para a gestão de recursos humanos. Contudo, outros desafios têm surgido com igual ou maior impacto na organização e que se refletem sobretudo no acompanhamento das mudanças nas empresas do ponto de vista estratégico e tecnológico, nas soluções de gestão e retenção de talentos e na capacidade de inovação.

Os recursos humanos têm um papel preponderante em todas as alterações significativas dentro da empresa. A abertura a novos mercados, por exemplo, pode ter um impacto considerável na motivação dos colaboradores. É, por isso, necessário reforçar o seu contributo e o da sua equipa no crescimento e sucesso da empresa. Assim, deverá haver um plano de comunicação de mudanças dentro da organização que deverá ser transmitido de forma transparente e inclusiva pela gestão de topo, promovendo de igual modo o alinhamento de todos os colaboradores com a estratégia da empresa.

Outro desafio passa pela gestão e retenção de talentos, que vai desde o primeiro dia de acolhimento até ao final de carreira. Na integração, a geração Millennial poderá ser a mais crítica pois é conhecida por procurar interiorizar o máximo de informação no menor tempo possível. E, de certo modo, este conceito pode ser relevante no recrutamento de novos colaboradores: quanto mais rápida e eficaz for a partilha e captação de informação, mais fácil será o processo de integração. Por exemplo, ferramentas de acolhimento mais visuais e interativas poderão ajudar o novo colaborador em vários aspetos, desde o funcionamento do seu departamento até à localização e utilização de serviços dentro da empresa. Após a integração, é necessário garantir o feedback constante e a criação de novos desafios e objetivos, que garantam uma maior motivação e desenvolvimento do colaborador dentro da organização.

Para fazer face a estes desafios, os RH deverão procurar ferramentas de trabalho disruptivas, deixando de lado mais vezes as típicas formações em sala e organizando mais frequentemente ações de terreno, que promovam tanto o trabalho em equipa como o desenvolvimento de competências individuais. Neste ponto, a criatividade poderá ser o maior aliado das equipas de RH, que deverá conjugar tanto a estratégia da empresa como as expectativas de todos os colaboradores.

Os desafios da Gestão de Pessoas passam agora não só pela atenção às grandes mudanças empresariais, mas também pela adaptação das suas equipas e colaboradores às mudanças que vão chegando e ainda estão para chegar.

É necessário hoje integrar os colaboradores no processo de inovação organizacional!

EMPOWERMENT: Uma cultura de Inovação Organizacional

Assistimos hoje, a uma extrema preocupação com a Inovação Organizacional.

Esta inovação é, na grande maioria das vezes, encarada como uma inovação ao nível do produto, dos processos ou dos sistemas. E as pessoas? Está a inovação ao nível das pessoas a acompanhar os outros avanços?

A resposta é não! O Capital Humano não tem sido suficientemente desenvolvido e integrado neste processo.

Para podermos levar a inovação a todos níveis da organização precisamos de EMPOWERMENT!

O Empowerment consiste na delegação de autoridade e potencia a criação de relações de confiança entre as chefias e as suas equipas. Trata-se de descentralizar os poderes da cadeia hierárquica, conferindo autonomia aos colaboradores de modo a que estes se mostrem aptos a diagnosticar, analisar e propor soluções no dia-a-dia.

Através de um modelo de Empowerment, cria-se um ambiente em que a troca de ideias é estimulada e onde o trabalho em equipa é potenciado, sendo estes dois pilares fundamentais para uma rotina de inovação. Neste contexto, todos os colaboradores se sentem mais motivados e ouvidos, percebendo que as suas ideias e sugestões são parte integrante do sucesso e crescimento da empresa.

O colaborador é um elemento fundamental e indissociável no desenvolvimento da inovação organizacional. É o colaborador quem conhece os problemas e as oportunidades do seu quotidiano; é ele quem consegue identificar as melhores e mais simples ideias. O Empowerment dá-lhe a autonomia para tomar as decisões mais competitivas para a organização, trazendo como retorno, a motivação e o engagement de que tanto se fala.

É necessário agora começar a olhar para a Inovação Organizacional como uma estratégia de alinhamento entre pessoas, processos e sistemas. Esta sim é uma Inovação capaz de elevar o posicionamento e crescimento das empresas.

“Dê poder aos colaboradores para fazerem a diferença. Não faça as pessoas fazerem coisas, faça-os serem melhores a fazer coisas.”